sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Eixos do Programa

Eixos para construção do Programa

1. Bandeiras de luta

As bandeiras de luta do movimento estudantil (prédio, moradia, restaurante, transporte etc.) significam as condições para estudar. Sobretudo, fazem a defesa do ensino público e gratuito, que na Unifesp Guarulhos sofre com a precarização e privatização, consequências do Reuni. O Curso de Letras criado em 2009 se insere neste contexto. Desde a fundação do campus em 2007 os estudantes têm se mobilizando em defesa de uma verdadeira Unifesp contra a caricatura de universidade imposta pelo governo e a burocracia acadêmica.


2. Fim dos processos políticos

Em todos esses anos são mais de 100 processos políticos (judiciais e administrativos) contra estudantes. A criminalização dos movimentos sociais tem crescido e o M.E. também tem sofrido com a repressão aberta do estado. Melhorias na Universidade tem sido resultado da luta do movimento, mas a cada greve, ocupação e ação coletiva aumenta o número de lutadores e lutadoras processados e perseguidos. Devemos exigir o fim dos processos políticos defendendo os direitos de greve e de manifestação.


3. Autonomia e democracia universitárias

O controle burocrático da Unifesp se impõe para garantir o projeto elitista, privatista do governo e o caráter de classe burguês da Universidade. As eleições para os órgãos colegiados ocorrem obedecendo a tão criticada representação por meio dos “70/15/15”. As eleições para reitoria não expressam a democracia. Os votos de estudantes e funcionários têm o menor peso, forma-se a lista tríplice e por último quem escolhe o reitor é o governo.

Não tem como existir democracia sem autonomia. O estado e o governo mantém a ingerência na escolha do reitor e durante toda a sua gestão. A real autonomia será estruturada nas discussões e decisões da Assembleia Geral Universitária que deve ser uma bandeira de luta para ser colocada na ordem do dia, como estrutura de governo universitário para garantir o controle coletivo da universidade pelos que estudam e trabalham.


4. Resposta ao pensamento elitista: EFLCH nos Pimentas!

A greve com duração de 5 meses obrigou a reitoria/diretoria a tirar o edital de construção do prédio definitivo da gaveta, no entanto, uma parcela da burocracia sabotou o processo licitatório. Antes disso, apresentou o dossiê que expôs preconceitos geográficos e sociais contra os moradores do bairro dos Pimentas. O documento propôs a saída do campus para SP. Discute-se agora a possibilidade de desmembramento dos cursos do campus. Devemos dizer: A EFLCH é uma só e permanecerá nos Pimentas não aceitamos a elitização da Universidade!


5. Transformar a sociedade para transformar a universidade 

A universidade expressa a base material da sociedade. Por isso, também está em crise e manifesta as discriminações socialmente impostas, a exclusão da maioria, o ensino desvinculado da produção social, a reprodução e não produção de conhecimento e o ensino distante da realidade.

Uma nova universidade que vincule a teoria à prática e em que todos tenham acesso livremente será fruto de uma nova sociedade, a socialista. Por tanto, o cumprimento das tarefas democráticas e o fim de todo e qualquer tipo de opressão e exploração, dependem da luta da classe operária em aliança com os demais trabalhadores oprimidos e a juventude para colocar de pé uma nova sociedade e consequente uma nova universidade.


6.Independência política do CAEL frente à burocracia universitária


Departamentos, Congregação e Consul compõe a estrutura do governo burocrático da Universidade, executam a política educacional do governo e são antidemocráticos. Os estudantes devem ter independência política diante da burocracia universitária porque o atual governo não é democrático, autônomo e não expressa a vontade da maioria dos que estudam e trabalham. Estes órgãos servem de correia de transmissão da política mercantilista dentro da Unifesp. Por isso, defendemos a construção de um CAEL combativo e de luta.

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